terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Luísa (Quase uma história de amor)


“Em seguida devolvi a pergunta, também querendo saber se Luísa
era feliz, e a resposta foi: “Não sei se estou feliz, mas não estou
infeliz. Aliás, acho que estou bem”. “Muito bem”, frisou. (...)
Felicidade para Luísa não tem nada a ver com a vida real. A felicidade
de Luísa está sempre associada a fragmentos de fantasia: uma música,
uma cena de filme, uma poesia, uma paixão romanesca, um encontro
com alguém como Raul, que comunga da mesma sede de ficção, do
mesmo gosto pela composição desses mosaicos de emoções breves e
inconsistentes. Felicidade para Luísa é tudo aquilo capaz de a projetar em
outra dimensão, uma dimensão em que ela possa se sentir uma
personagem diferente e acima dos outros mortais.”

(Maria Adelaide Amaral in: Luísa (Quase uma história de amor). Ed. Globo, p. 184)

O que escondemos

As pessoas muito agressivas tem sempre
algum ponto muito sensível,
E as pessoas muito calmas estão
escondendo algum demônio.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Non, Je Ne Regrette Rien




Non, Je Ne Regrette Rien

Non, rien de rien
Non, je ne regrette de rien,
Ni le bien qu'on m'a fait, ni le mal, tout ça m'est bien égal.

Non, rien de rien
Non, je ne regrette de rien,
c'est payé, balayé, oublié, - je me fous du passé.

Avec mes souvenirs, j'ai allumé le feu,
mes chagrins mes plaisirs, je n'ai plus besoin d'eux.
Balayés mes amours, avec leurs trémolos,
balayés pour toujours je repars à zéro

Non, rien de rien
Non, je ne regrette de rien,
ni le bien qu'on m'a fait, ni le mal, tout ça
m'est bien égal.

Non, rien de rien
Non, je ne regrette de rien,
car ma vie, car mes joies,
aujourd'hui ça commence avec toi

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Azar no jogo sorte no amor



Azar no jogo sorte no amor?

Quem foi o idiota que inventou isso?
Porque eu não tenho sorte em nenhum dos dois,
ou será que eu sou uma solitária exceção a regra?

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

A Melhor Forma




Em meio a um mau momento de repente começou a tocar
essa musica na TV se foi um sinal eu não sei, mas comecei
a me sentir melhor depois.

A Melhor Forma
(Titãs)


A melhor forma de esquecer
É dar tempo ao tempo
A melhor forma de curar o vício
É no início


A melhor forma de escolher
É provar o gosto
A melhor forma de chorar
É cobrindo o rosto
Evitar as rugas
É não olhar no espelho
Esvaziar o revólver
É puxar o gatilho
A melhor forma de esconder as lágrimas
É na escuridão
A melhor forma de enxergar no escuro
É com as mãos


As idéias estão no chão
Você tropeça e acha a solução


Acabar com a dor
É tomar um analgésico
Matar a saudade
É não olhar pra trás
A melhor forma de manter-se jovem
É esconder a idade
A melhor forma de fugir
É a toda velocidade
As idéias estão no chão
Você tropeça e acha a solução

Titãs é foda!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Liberdade

Liberdade é uma idéia meio relativa
Já que podemos ser prisioneiros
dentro da própria cabeça
Reféns dos próprios limites
sejam eles reais ou imaginários.

Liberdade mais uma idéia da qual somos prisioneiros.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

O amor, apesar do que dizem, não vence tudo. Nem mesmo costuma durar.


“- Deixe-me te ensinar algo sobre o amor, certo? Claro que há exceções para o que vou dizer, são exceções, não a regra. O amor, apesar do que dizem, não vence tudo. Nem mesmo costuma durar. No final, as aspirações românticas da nossa juventude são reduzidas ao que pode dar certo. Entendeu?”

(Do filme: Tudo pode dar certo. Direção de Woody Allen)

Cisne negro

Nossa, saí do cinema aturdida, a Natalie sempre foi boa atriz, mas não sabia que
era tão boa bailarina quando ela entra como cisne negro é de tirar o fôlego. 

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

A menina do fim da rua

"Ela deu um suspiro profundo, como se quisesse dizer que ele não estava tentando compreender.
- O jogo é fingir, é fazer os movimentos da vida, mas não é para viver.
- A escola é a vida.
- Não. - Rynn balançou a cabeça com tanta força que foi preciso afastar dos olhos os longos cabelos. - A escola é ter pessoas lhe dizendo o que é viver, sem deixar que você descubra por si mesmo.
- Mas é preciso ir à escola.
- Para quê?
- Para aprender alguma coisa.
- Tais como...?
- Ler e escrever, e...
- E eu não sei ler, eu não sei escrever?
- Muito bem, porque seu pai lhe ensinou. E o que diz de quem não tem um pai como o seu?
- Alguma vez me referi a outra pessoa, além de mim mesma? Se você gosta da escola, tanto melhor para você.
- Exceto que eu não acredito que você esteja dizendo o que pensa.
- Por que teria eu de querer que todos fossem iguais a mim, quando eu não quero ser como todo mundo?"

Veronika decide morrer

Um poderoso feiticeiro, querendo destruir um reino, colocou uma poção mágica no poço onde todos os seus habitantes bebiam. Quem bebesse aquela água ficaria louco. Na manhã seguinte, a população inteira bebeu, e todos enlouqueceram, menos o rei - que tinha um poço só para si e para a sua família, onde o feiticeiro não conseguiu entrar. - Preocupado, ele tentou controlar a população com uma série de medidas de segurança e saúde pública: mas os polícias e os inspectores tinham bebido a água envenenada, e acharam um absurdo as decisões do rei, resolvendo não as respeitar de modo nenhum. Quando os habitantes daquele reino tiveram conhecimento dos decretos, ficaram convencidos que o soberano enlouquecera, e agora escrevia coisas sem sentido. Aos gritos, foram até ao castelo e exigiram que renunciasse. Desesperado, o rei prontificou-se a deixar o trono, mas a rainha impediu-o, dizendo:
-Vamos agora até à fonte e beberemos também. Assim, ficaremos iguais a eles.
E assim foi feito: o rei e a rainha beberam a água da loucura, e começaram imediatamente a dizer coisas sem sentido. Na mesma hora, os seus súditos arrependeram-se:
-Agora que o rei mostrava tanta sabedoria, porque não deixá-lo a governar o país?
O reino continuou em paz, embora os seus habitantes se comportassem de maneira muito diferente da dos seus vizinhos. E o rei, pôde governar até ao final dos seus dias.

Trecho do livro "Veronica decide morrer" de Paulo Coelho